domingo, 25 de setembro de 2011

Entrevista sobre EaD

Entrevista de Robson Santos da Silva - diretor da Associação Brasileira de Educação a Distância para a Rede Globo / TV Amazonas sobre o 17 Congresso Internacional de Educação a Distância.


Videoaulas!

Uma das ferramentas mais importantes na EaD é a videoaula. Existem vários sites, mas esse eu achei muito interessante: http://www.portaldasvideoaulas.com.br/. Nele, o estudante escolhe no lado direito a matéria ou o assunto que quer aprender, clica no titulo correspondente, e logo é redirecionado para uma outra página que busca o correspondente vídeo no youtube.
Um exemplo de vídeo:


Texto interessante...


Achei um texto, de Valdivino Alves de Sousa, muito longo, mas que dá uma noção da EaD no Brasil, viando percorrer um traçado histórico. está dividido em tópicos, que são eles:

O que é educação à distância (EAD)?:
              VISÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
              CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
              SIGNIFICADO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE
              CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
              POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Aceitação da EAD:
             A IMPLEMENTAÇÃO
             A AVALIAÇÃO

A Classe do Ensino:
            OS ALUNOS

Modernidade:
            OS AVANÇOS
            FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL

Crescimento da Educação a Distância no Brasil:
            VISÃO DOS ESPECIALISTAS EM EAD

O Papel do Ensino a Distância Hoje

o link do site: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4958/1/O-que-e-educacao-a-distancia-EAD/Paacutegina1.html

A SEED do MEC...

A Secretaria de Educação a Distância – SEED – foi oficialmente criada pelo Decreto nº 1.917, de 27 de maio de 1996. Entre as suas primeiras ações, nesse mesmo ano, estão a estreia do canal Tv Escola e a apresentação do documento-base do “programa Informática na Educação”, na III Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Educação (CONSED). E após uma série de encontros realizados pelo País para discutir suas diretrizes iniciais, foi lançado oficialmente, em 1997, o Proinfo – Programa Nacional de Informática na Educação –, cujo objetivo é a instalação de laboratórios de computadores para as escolas públicas urbanas e rurais de ensino básico de todo o Brasil. 

Dessa forma, o Ministério da Educação, por meio da SEED, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos. Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras. Mais, no site abaixo. 

Clicando em "programas e ações", no fim do texto, é possível ter acesso a mais informações sobre os programas e ações, a legislação em vigor (sobre a EaD), as instituições credenciadas e o link do serviço de atendimento do Ministério.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DF Digital, você conhece?

Galera, acho que muita gente não conhece, mas existe aqui no Distrito Federal um programa chamado DF Digital que oferece cursos profissionalizantes à distância, por intermédio da internet. Segue abaixo o endereço eletrônico: http://www.dfdigital.df.gov.br/ 

com os cursos:

Categorias / Relação de Cursos do DF Digital

Operador de Micro
Inclusão Digital
Introdução à Informática
Windows XP (Sistema Operacional)
Windows Vista
Word 2003 (Editor de Texto)
Word 2007
Excel 2003 (Planilha Eletrônica)
Excel 2007
Power Point 2003 (Editor de Apresentações)
Power Point 2007
Access 2003 (Banco de Dados)
Internet
Internet Segunda Edição
Outlook 2007
Excel 2007 Avançado
Desenhista em Autocad / Cadista
Autocad 2007 2D
Autocad 2007 3D
Desenhista Gráfico
Corel Draw X3
Secretariado
Auxiliar de Escritório
Secretariado Executivo
Contabilidade e Matemática Financeira
Marketing Pessoal
Gerente Administrativo / Auxiliar Administrativo
Publicidade e Propaganda
Gestão de Micro e Pequenas Empresas
Empreendedorismo
Gerente Comercial / Vendedor
Competências no Atendimento ao Cliente
Operador de Telemarketing
Aspectos da Gestão Empresarial I
Competências em Vendas
Contabilidade e Matemática Financeira
Jovem Aprendiz
Jovem Aprendiz
Programador Java
Lógica de Programação
Java
Programador Delphi
Delphi 7 Professional Developer
Delphi 7 Standard Developer
Programador ASP
ASP
Web Designer
Dreamweaver MX
Flash MX
HTML Básico
Photoshop CS2
Técnico em hardware
Ferramentas e Acessórios
Profissionais de Hardware 2008
Linux - Operador de Micro
Introdução à Computação e Internet com GNU/Linux
BrOffice Writer 2.3
BrOffice.org Writer 3.1
OpenOffice Calc
Auxiliar de gerente de projetos
Recursos Humanos
Contabilidade e Matemática Financeira
Project 2003

José Manuel Moran - Educação à Distância

Eu estava pesquisando sobre EaD e achei esse artigo do Professor da USP, José Manuel Moran, que define bem o que é a EaD. De todos os que pesquisei, julguei este o mais completo. A bibliografia deste artigo também é muito boa.

Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.

É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.

As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.

O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.

As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.

Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.

Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes).

Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).

Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.

A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.

Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.

Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.

O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.
Bibliografia:
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
 
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.

NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.